quinta-feira, 2 de abril de 2009

ENTREVISTA COM RODRIGO LOPES DO ESTUDIO RIFF.
o estudio riff hoje eh o estudio mais visitado e utilizado pelas bandas locais de hellcity, que a um tempo atras era um estudio ao qual bandas nao visualizavam com tanta viabilidade devido ao orcamento, R$ 1,200,00 ( 1 faixa) ou seja, uma EP ou 1 disco seria absurdo para uma banda de nivel medio porte no cenario local.
apos um nivelamento nas relacoes que por sinal vem sendo muito saudavel ao qual o sindicatto,o estudio riff ,o cubo e as demais bandas passaram a dialogar mais com o cubocard.
partindo disso o cenario passou a estabelecer mais acoes nos seus calendarios mensais de acoes com o cubo,sindicatto e estudio riff pautando esse cenario de forma produtiva e estimulante, que envolve bandas novas e tambem bandas que ja circulam o pais como o lopes,macaco bong,rhox,inimitaveis entre outras,e o cenario nao para de crescer com bandas gravando,ensaiando,organizando eventos e turnes,fazendo reunioes e etc..
desde entao passamos a assinar os contratos com as bandas que vinham se integrando ao cubocard,vcs podem confrir todos os tecs no blogger da cubotec - http://www.cubotech.blogspot.com/
e com isso criamos coletivamente da cena uma proposta conjunta com a finalidade de integrar o estudio riff ao cubocard tambem, com isso depois de reuniaoes debatendo os sistemas o lopes fez a proposta para as bandas creditadas ao cubocard de reduzir as faixas a R$ 800,00, sendo
R$ 400,00 (em grana) e Cc$ 400,00 (em cubocard) que viabilizou muito para que as bandas agora possam produzir seus materiais, jah na cubosonorizacao as bandas fazem a pre-producao delas comigo tudo em cubocard.muito bacana! e agora resolvi fazer essa entrevista com o lopes para ele trazer um pouco de suas experiencias e conhecimentos quanto a carreira,profissionalismo audio. para ouvirem as bandas produzidas no estudio riff por rodrigo lopes acessem o myspace do estudio riff:
CONFIRAM A ENTREVISTA:

(1) COMO VOCE COMECOU SUA CARREIRA COMO MUSICO? ATRAVES DO QUE E DE QUEM,?QUAIS FORAM SUAS INFLUENCIAS?

LOPES - Comecei tocar violão aos 11, guitarra aos 12 e profissionalmente aos 15, digo profissionalmente pois foi quando entrei para uma banda Chamada Dr. Mabuse(1º banda a gravar um cd em MT, Strauss foi a primeira a lançar), que já recebia cachê para tocar. Fui influenciado desde de cedo quando tinha uns 04 anos de idade e meus pais me lavavam ao Sesc Pompeia e eu ficava vendo no telão uns videos de bandas como: Iron, Ozzy, Motorhead e kiss, já com 05 anos de idade meu avô me perguntou o que eu queria ganhar de aniversário, e eu disse "disco", fomos a HI-FI do shoping Iguatemi e escolhi Radio Pirata ao Vivo do RPM e A kind of Magic do Queen, mas foi mesmo com 11 anos que comecei levar a sério, nessa época ouvia tudo de rock, de Engenheiros à Sepultura passando por Iron e Red Hot.

(2) QUANDO SURGIU O SEU INTERESSE PELO AUDIO?
LOPES : Bom, quando comecei a gravar com minhas bandas nos estúdios de Cuiabá, não gostava muito do resultado, e já nessas seções eu pedia para "mexer" nos botões, vi que tinha alguma apetidão para o negócio e comecei a me dedicar, logo veio o estúdio de ensaio e posteriormente o de gravação, onde percebi que precisa estudar o "negócio", não dava mais para aprender na pratica e ou ficar pedindo "dicas" para terceiros.

(3) QUANDO E COMO SURGIU O ESTUDIO RIFF?
LOPES - Surgiu em 1998, na necessidade de ter uma sala para a minha banda(Pacú Atômico) da época poder ensaiar e para outras bandas que também não tinham esse espaço. Em 2000 comecei a trabalhar de forma caseira algumas gravações com 01 gravador da Roland de 08 pistas, gravava banda de amigos e as minha, mas já cobrava, é lógico, quem trabalha de graça é relógio, hahaha.

(4) QUAIS BANDAS E MATERIAIS VOCE JA PRODUZIU NO ESTUDIO RIFF?
LOPES: Vixi, muitas mesmo, vou lembrar de algumas. Extremunção, Pacú Atômico, Nação, Fuzzly, Dragsters, Rhox, Lopes, Aoxin, Caximir, Macaco Bong, Raiva em Paz, Venial, Incauto, Malignant Scremental, Gorempire, Anhangá, Total Desastre, Revoltz. Essas devem ser uns 35% das que eu já gravei.

(5) COMO EH O PROCESSO DE GRAVACAO QUE VC PRODUZ? COMO CAPTA OS INTRUMENTOS?DE QUE FORMA VOCE FAZ a MIXAGEM?
LOPES: Tudo começa com uma pré-produção, onde eu e banda aprendemos a música, achamos um BPM para o metrônomo, fechamos os arranjos, aí eu já estou pensando nos timbres, daí gravamos uns takes ao vivo com tudo microfonado de forma independente para obter as guias. Com as guias prontas vamos gravar pra valer, bateria, baixo, guitarra e por último voz. O mais dificil é a batera, pois são varios intrumentos em um, escolhe o kit, afina(o que é bem dificil), microfona e ainda tem que trocer para o batera tocar certo, hahaha. Vamos para o baixo, que tem que estar com a corda zerada, uso a saída de linha do meu ampli MB 800 da meteoro e simulo só a caixa com algum plug-in no pro-tools, ou as vezes uso também um pré de baixo da SansAmp que não sinto a necessidade de simular a caixa. Feito o baixo vou para a guitarra, estou usando um V-12(todo valvulado) Meteoro como cabeçote ligado numa caixa Marshall 4x12, microfono com um SM57 da Shure e um C4000 da Akg. Por último a voz, que tambem é difícil pois tem que estar afinada, hahaha. Não tenho pre-conceito com equipamento, já tirei sons maravilhosos de guitarra de forma digital através de simulação e tabém usando ampli microfonado. Odeio fetichismo do tipo: "só gravo em analógico, guitarra boa é guitarra da marca tal, só uso microfone tal". O que vale é a peça que está atrás do equipamento, é claro que bons equipamentos ajudam, mas isso não quer dizer que só o que é de renome ou caro é que seja bom.

(6) QUAL SOFTWARE VOCE USA? QUAIS SOFTWARES VOCE RESOMENDARIA PARA QUEM ESTA BUSCANDO MONTAR UM HOME ESTUDIO CASEIRO?
LOPES: Eu uso o Pro-tools, não sei se é o melhor, mas é o que eu domino uns 85%, acho que todos esses softwares fazem a mesma coisa, o lance do Pro-Tools é que é referência mundial. Tem outros que eu ouço falar muito bem como o: Sonar e Nuendo. O ponto negativo do Pro-tools é que ele só trabalha com hardware próprio ou parceiro, já o Sonar e o Nuendo trabalha com qualquer placa de som. Até estou estudando um outro software para não ficar tão dependente, mas o Pro-tools me faz muito feliz, hahaha.

(7) FALAMOS DE AUDIO,AGORA FALANDO UM POUCO DE MUSICA. O RODRIGO LOPES TEVE UM HISTORICO BEM REPRESENTATIVO NO CENARIO DO ROCK LOCAL DESDE A FATIA DO FINAL DOS ANOS 90 ATE OS DIAS DE HOJE COM O NACAO,COM o PROPRIO LOPES E DEMAIS OUTROS PROJETOS.COMO VC VISUALIZA A CARREIRA DE UM MUSICO HOJE EM DIA?QUAIS TIPOS DE DEVERES UM MUSICO HOJE DEVE FAZER PARA ESTILUMAR UMA CARREIRA PROFISSIONAL NO SEU PONTO DE VISTA?
LOPES: Já toquei em varias bandas, Dr. Mabuse, Fungos de Trigo, Athenas, Extremunção, Strauss, Nação, Pacú Atômico, Filhos do Tião, Tribus da Capital e agora nesse solo chamado Lopes com o suporte de Rubão e Felippo e também como baterista no Anhangá e como vocalista no Incauto. Tô no meu melhor momento artístico e acho que Cuiabá também está, digo isso por que quando comecei tinha no maximo umas 05 bandas, sempre as mesmas bandas, as mesmas músicas, e um repertório de muitos covers, mistura de banda barzinho com banda de baile. Hj varias bandas, de vários estilos, não muitos lugares para tocar como deveria ter mas os que tem são lugares legais, a internet que ajuda muito na divulgação, e a possibilidade facil de se ter uma banda, antes era dificil ter banda, comprar instrumentos, fazer shows, etc. O que o músico de hj tem que entender é que acabou gravadora, acabou aquela mentalidade "sou o músico iluminado e vou ficar sentado aqui em casa esperando alguém me descobrir", é "faça vc mesmo" mesmo, não que ele não possa ser contratado por alguma gravadora que resta, mas essas mesmo querem ver antes de contratar, se a banda já tem um público fiél no underground, se já lançou cd de forma independente, se vende camiseta, se tem um myspace com acessos consideraveis, enfim, se corre atrás.

(8) VOCE VEM ASSUMINDO VARIOS CARGOS NO CENARIO,DESDE PRODUTOR E TECNICO DE GRAVACAO E P.A,TOCA BAIXO E EH `FRONTMAN` DO LOPES E DA INCAUTO E EH BATERISTA DO ANHANGA, COMO EH SUA ROTINA DIARIA?COMO EH O PROCESSO DE PRODUCAO DESSAS BANDAS,COMO VOCE DE ORGANIZA?
LOPES: Trabalho num Petshop em horário comercial. É dificil, qualquer hora dessas vou ser resgatado pelo SAMU ou vou ser internado num manicômio, hahaha. Acordo às 07:00, fico de 08:00 às 18:00 no PET, de 19:00 às 23:00 no estudio, tocando, produzindo ou mixando, Sábado e Domingo o dia inteiro no Estúdio e ou trabalhando no som em evento. Quando se faz o que gosta se torna menos cansativo, trabalho no limite da agenda, tenho que me planejar toda semana para não ter furo e para aproveitar todo o tempo de forma produtiva. Sei que uma hora alguma coisa vai "virar" 100% e vou ter que escolher entre um projeto ou os outros, mas até lá vou fazendo tudo o que der na minha mente doentia, hahaha.

(9) PRA FINALIZAR! SOUBE QUE VC EH AMIGO E FEZ UM CURSO DE AUDIO COM O SERGIO UGEDA DO DEBATE (banda de rock psicodelico de SP,que chegou de tocar aqui no calango 2006) E INCLUSIVE VOCE JA TOCOU COM O DEBATE QUANDO MORAVA EM SP,CONTE PRA GENTE COMO FOI ESSE PROCESSO?
LOPES: Em 2003, eu acho, hahaha, fui morar em São Paulo, para tocar, estudar e trabalhar. Fui estudar no I.A.V., conheci o Sérgio nas aulas, começamos a conversar e rolou afinidades.Já tinha o solo Lopes, e consegui fechar uns 04 shows por lá, e precisava montar a banda de apoio, perguntei se ele segurava o baixo e ele topou, foi massa, ele é um cara e tanto, me identifico muito com ele.

2 comentários:

  1. O Homem Bom Bril - este é o "cara" - Parabéns Rodriguinho rs

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  2. Massa a entrevista...esclareceu muita coisa pra gent.Parabéns ao blog e ao lopes pelo sucesso.

    Marcelo Vietcongs

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